quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cancro do Rim

 

Uma doença oncológica cujo principal fator de risco é o envelhecimento

Há vários tipos de cancro no rim, sendo o mais frequente o carcinoma de células renais ou adenocarcinoma renal, responsável por 90 por cento dos casos.
É um tumor epitélio do rim, mais precisamente das células que formam os túbulos que modificam e excretam a urina formada nos rins.
Como qualquer outro tumor maligno, as células adquirem capacidade de proliferar e de não morrer, começando a invadir e a metastizar.
 
Fatores de risco
O tabagismo e a exposição a determinadas substâncias tóxicas (amianto, cádmio, benzeno, certos herbicidas e solventes orgânicos), que geralmente ocorre em ambiente profissional são os principais fatores que aumentam o risco de vir a ter a doença. Outros menos bem esclarecidos incluem a obesidade, a hipertensão arterial e a doença renal (especialmente em situação de diálise).
 
Sintomas
A doença é normalmente assintomática. Apenas uma minoria dos casos corresponde a estádios mais avançados e pode manifestar-se através de sangue na urina, dor abdominal ou lombar, massa abdominal palpável, febre, anemia, emagrecimento, falta de apetite e dor óssea.
 
Diagnóstico
Por serem normalmente assintomáticos, os tumores do rim são geralmente detetados em exames de rotina através de ecografia.
 
Tratamento
O único tratamento é a cirurgia, que consiste na remoção total ou parcial do órgão, podendo realizar-se por via aberta ou laparoscópica.
Quando o carcinoma já está disseminado (metastizado) ou localmente avançado, a terapêutica é, em regra, quase exclusivamente medicamentosa.
Nos últimos anos têm surgido abordagens farmacológicas que incluem drogas orais ou endovenosas com ação antiangiogénica, que têm permitido um aumento da sobrevivência destes doentes.
 
Prognóstico

A maioria das massas renais detetadas no rim corresponde a quistos benignos. No caso de remoção total ou parcial do rim, o outro rim é quase sempre suficiente para permitir aos doentes uma vida sem restrições.

Nos tumores operáveis localizados no rim, o prognostico é bom sendo que a sobrevivência após cinco anos é de 80 a 90 por cento. O mesmo não se pode garantir nos casos de doença disseminada, em que a carga tumoral, o estado geral e a resposta do doente à terapêutica são determinantes e devem ser analisados caso a caso.

Revisão científica: Jorge Oliveira (médico urologista do Instituto CUF de Diagnóstico e Terapêutica)

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